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México proíbe medicamento popular para perda de peso após 24 anos de vendas

May 14, 2023May 14, 2023

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Cidade do México, México — As autoridades de saúde do México proibiram o uso de um popular medicamento para perda de peso após 24 anos de venda. A autoridade sanitária do México, a Comissão Federal para a Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris), diz que Redotex e Redotex NF estão oficialmente proibidos de usar no país.

Na quinta-feira, a agência de saúde pública informou que os produtos continham substâncias que podem causar disfunção da tireoide, derrame, arritmia cardíaca, convulsões e fraqueza muscular, entre outros. Eles também estão investigando como o produto foi aprovado e autorizado a ser vendido por tantos anos.

Os produtos Redotex são vendidos no México há mais de duas décadas. Em seu relatório de saúde, a Cofepris disse que “24 anos no mercado só podem ser explicados por omissões de autoridades anteriores e influenciismo que serão investigados”, acrescentando que, a partir de hoje, sua produção, distribuição e venda é crime.

A Cofepris revogou os registros sanitários de Redotex e Redotex NF depois que a equipe de cientistas determinou que seu consumo representa um alto risco à saúde derivado do número de reações adversas registradas e das substâncias nocivas que contêm.

Informa-se que desde 18 de maio está suspensa em todo o México a produção, distribuição e comercialização dos produtos Redotex e Redotex NF, cujo titular dos registros sanitários é a empresa Productos Medix SA de CV.

Ambos os produtos foram usados ​​como tratamento contra a obesidade, pois suprimiam o apetite. No entanto, a Cofepris realizou uma revisão e análise técnica dos produtos, identificando várias reações adversas que podem ser letais, como taquicardia, envolvimento de válvulas cardíacas e hipertensão pulmonar, distúrbios do ritmo cardíaco, além de ansiedade, nervosismo e insônia, entre outros .

Ambos os produtos contêm D-norpseudoefedrina, uma substância desenvolvida pelo fabricante para mascarar a pseudoefedrina, proibida no México desde 2008. O uso prolongado de D-norpseudoefedrina aumenta o risco de sangramento cerebral, danos cardíacos, distúrbios psiquiátricos pós-parto, exacerbação de glaucoma , retenção urinária, insônia, tontura e nervosismo.

Outras substâncias contidas na formulação, como triiodotironina, diazepam, atropina e aloína, quando combinadas podem causar disfunções da tireoide, arritmias cardíacas, acidentes vasculares cerebrais, febre, alucinações e delírios, entre outras.

A Cofepris diz que foram detectados 837 relatos de reações adversas causadas pelo consumo de Redotex e Redotex NF. Além disso, sabe-se que as agências reguladoras da União Europeia (1997), Rússia (1998), Estados Unidos (2011), Argentina 2013), El Salvador (2013) e a Agência Mundial Antidoping cancelaram os registros de saúde de Redotex e/ou D-norpseudofedrina.

"A permanência desses produtos no mercado mexicano por mais de 24 anos só pode ser explicada pela existência de uma rede que provavelmente envolve ex-funcionários públicos de seis anos anteriores, então parte da estratégia que a Cofepris seguirá será para investigar esta teia de conluio minuciosamente", disseram eles em seu relatório.